O Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) é uma iniciativa pioneira no Brasil, dedicada a registrar, pesquisar e valorizar a participação da juventude na vida política, social e cultural do país. Inspirado pelo Estatuto da Juventude (Lei nº 12.852/2013), que reconhece como jovens os brasileiros entre 15 e 29 anos — hoje cerca de 48,5 milhões de pessoas, quase um quarto da população nacional — o CEMJ busca compreender, a partir do protagonismo dos próprios jovens, os fatores que moldam sua relação com a sociedade.

Ao longo da história, a juventude brasileira esteve presente em praticamente todos os grandes momentos de transformação do país. Essa participação, ora marcada pela força das ruas, ora por ações mais silenciosas e cotidianas, revela um segmento social que não apenas tem opinião, mas também forma e influencia a opinião pública. O CEMJ nasce do reconhecimento dessa relevância e da necessidade de sistematizar informações, estudos e memórias sobre o papel dos jovens no Brasil.

Nos últimos anos, o centro tem ampliado sua atuação, consolidando-se como espaço de produção de conhecimento, de memória e de diálogo. A partir de iniciativas como a plataforma de cursos on-line, a criação da Cátedra CEMJ, a participação no Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), a organização de um acervo digital acessível e a publicação da revista Juventude.BR, o CEMJ fortalece seu papel como referência nacional. Essas ações buscam não apenas preservar a trajetória das juventudes brasileiras, mas também subsidiar gestores públicos e movimentos sociais na formulação de políticas mais justas, inclusivas e representativas.

Assim, o CEMJ reafirma seu compromisso de ampliar o alcance dos estudos e de contribuir de forma decisiva para a construção de uma autêntica política nacional para a juventude, que reconheça sua diversidade, seus desafios e sua potência transformadora.

CONSELHO DIRETOR DO CEMJ


Alonso Nunes Coelho
Aline de Souza Lima
Ana Clara Tonobohn Siraque
Bruno Sanches Baronetti
Caio Yuji de Souza Tanaka
Charley dos Santos Luz
Ergon Cugler de Moraes Silva
Germana Amaral Menezes
Ismael Almeida Chaves
Iago Montalvão Oliveira Campos
Karen Regina Castelli
Larissa da Silva Fontana
Luiz Willamy Corrêa Macedo
Marcelo Marigliani Arias
Marcos Paulo Silva de Jesus
Maria Cecília Martinez
Nayara Aparecida Souza
Renata Rosa de Souza Cândido
Roberta Soeiro de Moraes Souza

NOSSO ESTATUTO

NOSSA HISTÓRIA

1964

O fogo destrói o prédio da UNE na praia do Flamengo –Agência O Globo

A perseguição ao movimento estudantil durante a ditadura e a destruição da sede da UNE no incêndio em 1o de abril de 1964, levou a uma perda considerável do acervo daentidade e da história do movimento estudantil.

1980

Retomada da Democracia e reconstrução de partidos políticos.

Surgimento de instituições com a abertura política.

22 de setembro de 1984

Ato de lançamento da UJS

1984

Criado o Centro de Memória da Juventude(CMJ) com o objetivo resgatar, organizar, preservar e divulgar documentos históricos das entidades estudantis UNE, UBES e filiadas

A UNE e UBES passam a guarda de grande parte dos documentos das entidades estudantis para o CMJ – Criado o Centro de Documentação da Juventude (CEDOJ) – setor do CMJ responsável pelo acervo de memória.

1987-1988

Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988 foi instalada no Congresso Nacional, em Brasília, a 1º de fevereiro de 1987 com a finalidade de elaborar uma Constituição democrática para o Brasil, após 21 anos sob ditadura militar.

1987-1988

Ampla participação juvenil na Constituinte

1988

Conquista do voto aos 16 anos. “Chegou a nossa vez, voto aos 16!”, palavra de ordem dos jovens quando conquistaram o direito de ir às urnas para escolher seus representantes políticos. https://www.ubes.org.br/2017/desde-1988-voto-aos-16-anos-e-conquista-da-juventude/

1992

Realizada n a cidade do Rio de Janeiro, a “ECO-92 como ficou conhecida a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.

1992

Participação das entidades estudantis na ECO 92

1992

Inicio do processo de Impeachment do presidente Fernando Collor de Mello.

Acusado de envolvimento em corrupção e fraudes financeiras, houve grande agitação nas ruas com o movimento dos Caras Pintadas. O Senado votou pela sua destituição do governo, por 76 votos a favor e 3 contra.

1992

A campanha Fora Collor, pelo impeachment do Presidente Fernando Collor de Mello, marca o protagonismo do movimento estudantil na conjuntura política nacional.

1994

O CMJ reedita o livro “Poder Jovem” de Arthur José Poerner

1995

Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente da República no primeiro turno da eleição de 1994. Foi empossado presidente em 1.º de janeiro de 1995. Prosseguiu com as reformas econômicas, as taxas de inflação continuaram baixas, houve a privatização de diversas empresas e a abertura de mercado.

1995

O CMJ produz o documentário “Poder Jovem”

Dirigido pelo cineasta Marco Altberg com depoimentos do movimento estudantil desde a fundação da UNE.

1996

O CMJ participa da produção de vários Estudos sobre a realidade da Educação no Brasil.

1998

Reeleito para o segundo mandato, o presidente Fernando Henrique Cardoso, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) enfrenta uma grave crise econômica, queda na taxa de crescimento, desemprego e aumento da dívida pública.

1998

O CMJ passa por 6 anos de inatividade

1998

Realizada a Primeira Bienal de Cultura e Arte da UNE, em Salvador, Bahia.

2001

O CMJ adquire seu primeiro espaço na Rua Vicente Prado, na Bela Vista

2002

Lula é presidente

Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), elege-se presidente do Brasil com quase 53 milhões de votos, tornando-se o segundo presidente mais votado do mundo à época.

2002

O CMJ é relançado com ampliando sua atuação com a sigla CEMJ , além de sua função de preservação da memória se torna também um centro de estudos sobre Juventude.

Entre 2003 e 2005

Foram criados fóruns e movimentos como a
Rede Juventude pelo Meio-Ambiente (REJUMA), o Diálogo
Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis, articulado
pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a Rede Nacional de
Organizações, Movimentos e Grupos de Juventude (RENAJU), a
Rede Sou de Atitude e o Fórum Nacional de Movimentos e
Organizações Juvenis (FONAJUVES

2004

O CEMJ passa a partilhar sua sede com a UJS na Rua 13 de maio.

2004

É criado o Prouni em 2004 e oficializado pela Lei nº 11.096/2005. A primeira edição do programa, em 2005, ofereceu um total de 112.416 bolsas no total.

2005

O CEMJ passa a ser convidado pelos movimentos sociais e pelo próprio Estado Brasileiro para elaborar políticas públicas sobre a juventude. Atua na implementação de políticas públicas como o ProUni e Estatuto da Juventude.

2005

Criada a SECRETARIA NACIONAL DE JUVENTUDE

Vinculada à Secretaria Geral da Presidência, com a finalidade de articular e supervisionar os programas e ações voltados para os/as jovens.

2005

O CEMJ durante o período promoveu diversos seminários e publicações, articulou diálogos entre pesquisadores, gestores públicos e parlamentares.

Fábio Palácio, então presidente do CEMJ faz uso da palavra no Workshop Memória do Movimento Estudantil (MME), realizado no Rio de Janeiro em setembro.

2005

Criado o CONJUVE ( Conselho Nacional de Juventude

Com o objetivo principal de fomentar estudos e propor diretrizes para a Política Nacional de Juventude junto à Secretaria Nacional de Juventude. Formado por representantes do poder público e da sociedade e constituído por entidades, redes de jovens, de organizações não-governamentais que trabalham com os mais diversos segmentos juvenis e de especialistas na temática de juventude, entre eles o CEMJ.

2006

Em outubro de 2006, Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito Presidente da República

com mais de 60% dos votos no segundo turno.

2006

O CEMJ lança a revista JUVENTUDE.BR

Com uma temática voltada as expressões culturais da juventude

2007

Ex-presidente da UJS assume responsabilidades de Estado

Orlando Silva Jr. assume o Ministério do Esporte.

2007

O CEMJ promove o 1º Encontro Municipal de Estudantes do ProUni da Cidade de São Paulo

Em parceria com a União nacional dos Estudantes (UNE )e com a União Estadual dos Estudantes (UEE

2008

Realizada a 1ª Conferência Nacional de Juventude

Realizada em Brasília, entre 27 e 30 de abril de 2008. O evento foi organizado pela Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, e pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve).

2008

O CEMJ, com o apoio do Ministério do Esporte e da Universidade Anhembi Morumbi e em parceria com o Instituto Pensarte, promoveu o Seminário Internacional “Políticas de Esporte para a Juventude”, na cidade de São Paulo.

2010

Dilma Rousseff filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), é eleita 36.ª Presidente do Brasil.

2011

A partir de 2011, o CEMJ sofre com a diminuição de fontes de financiamento.

2012

O CEMJ muda-se para a sede na Rua José Bonifácio, 29. Início da montagem do estúdio da Rádio Juventude.

A sede é compartilhada com o IECINT (INSTITUTO DE ESTUDOS CONTEMPORANEOS E COOPERACAO INTERNACIONAL)

2013

Ocorrem as chamadas “Jornadas de Junho“

O movimento que se iniciou com a pauta passou da oposição ao aumento de R$ 0,20 na passagem de ônibus à insatisfação com os gastos para a Copa do Mundo , as denúncias de corrupção na política e o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT).

2013

O CEMJ inicia o Projeto Laboratório de Juventude (LABJUV) em parceria com a Universidade Federal do Paraná.

Projeto de produção de conteúdo sobre a juventude, com articulação em diversas áreas do conhecimento.

2013

A Lei nº 12.852/2013 institui o Estatuto da Juventude

E dispõe sobre os direitos, princípios e políticas públicas de juventude no Brasil.

2014

A presidente Dilma Rousseff é reeleita

Com mais de 54 milhões de votos, vencendo o segundo turno com 51,64% dos votos válidos.

2015

Inicio do processo de impeachment de Dilma Rousseff

Em 2 de dezembro de 2015, Com uma duração de 273 dias, o caso se encerrou em 31 de agosto de 2016, tendo como resultado a cassação do mandato, mas sem a perda dos direitos políticos de Dilma.

2015

O CEMJ participa da Caravana do Araguaia em parceria com a Fundação Maurício Grabois e União da Juventude Socialista (UJS).

50 jovens de organizações juvenis entre elas Nação HIP HOP, UNE, UBES, ANPG, entre outras participam da caravana “Lutas que construíram o Brasil: da Coluna Prestes à Guerrilha do Araguaia”. A última parada se deu em Marabá, sul do estado do Pará. Visitaram locais históricos e conversaram com participantes da Guerrilha e das comunidades locais.

2015

Impeachment de Dilma Roussef em 31 de agosto.

2016

Tem inicio o Governo Temer marcado por reformas trabalhistas e educacionais, protestos e denúncias de corrupção.

No campo da educação, destacou-se a reforma do ensino médio, que flexibilizou o currículo. Na política, conseguiu aprovar a reforma trabalhista, flexibilizando as relações de trabalho, o que gerou críticas dos sindicatos.

2017

Aprovação do Projeto de Lei nº 13.415/2017 que institui a reforma do ensino médio no Brasil provoca manifestações estudantis em todo o País.

2017

Artigo da Revista Juventude.br, publicada pelo CEMJ, analisa o que a reforma do ensino médio.

2018

Ocorrem os protestos contra Jair Bolsonaro

Movimento #EleNão, foram manifestações populares lideradas por mulheres que ocorreram em diversas regiões do Brasil, tendo como objetivo protestar contra a candidatura à presidência da República do deputado federal Jair Bolsonaro

2018

Eleições presidenciais de elegem Jair Bolsonaro pelo partido Social Liberal (PSL)

2019

Ocorrem, entre maio e agosto, os protestos estudantis no Brasil conhecidos como Tsunâmi da Educação

Sendo a primeira grande mobilização contra o Governo Jair Bolsonaro. Devido a cortes na educação do ensino básico ao superior e congelamentos nas áreas de desenvolvimento de ciência e tecnologia. A União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e sindicatos convocaram as manifestações, às quais aderiram outras entidades e instituições, entre elas o CEMJ.

2020

Em 11 de março, a OMS reconheceu a propagação da COVID-19 como uma pandemia.

2020

Manifestantes durante a pandemia realizam ato contra o presidente Jair Bolsonaro

Na avenida Paulista, em São Paulo. Movimentos de esquerda fazem manifestação nacional pelo impeachment de Bolsonaro. (Foto: Bruno Santos/ Folhapress)

2022

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o novo presidente da República, volta ao poder após 12 anos.

Venceu o presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL), que pleiteava a reeleição no segundo turno das Eleições Gerais de 2022.

2022

A 20ª Edição da Revista Juventude.br

Unia uma série de análises sobre as desigualdades educacionais ampliadas e evidenciadas pela Pandemia da COVID-19.

2024

Na sua 21ª Edição, a revista Juventude.br, publicada pelo CEMJ, dedica seu número aos impactos da Pandemia da COVID-19.

Na experiência social das juventudes, considerando as trajetórias múltiplas de desigualdade presentes na sociedade brasileira e a vulnerabilidade social no contexto da Pandemia

O CEMJ inicia, em dezembro, a reorganização de seu acervo histórico.