Coleção Federação da Juventude Comunista do Brasil

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A Coleção Federação da Juventude Comunista do Brasil apresenta documentos de uma significativa corrente política brasileira, os comunistas, na sua tentativa de levar seu programa político e ideológico aos jovens (principalmente proletários, como é possível observar em toda Coleção), assim como aumentar suas fileiras de adeptos entre a juventude. O recorte temporal apresentado por esta Coleção é de 1925 à 1936, ou seja, abarca os primeiros passos da vida militante de um setor social vibrante na vida política nacional.

As primeiras tentativas do desenvolvimento orgânico dos jovens comunistas mostram dificuldades num Brasil que, além de dimensões continentais, está ainda em crescimento industrial – e, portanto, com um número baixo de operários. As cartas e relatórios detalham as tentativas ainda falhas de constituir uma entidade de jovens comunistas e comunistas jovens. As plataformas políticas mostram espírito de luta, combate, generosidade, militância aguerrida e, a partir de uma crítica profunda à construção da modernidade, a busca de transformar o Brasil num país melhor.

Os assuntos e temas tratados nesta Coleção passam pela construção da organização juvenil comunista, mas tratam das particularidades das regiões, da vida política, dificuldade dos trabalhadores do campo e da cidade, os reclamos específicos da juventude e a crise, até então sem precedentes, do regime do capital. Muito presentes aparecem também suas perspectivas de construção do socialismo/comunismo e da destruição do capitalismo. Em determinado momento fala-se no combate ao fascismo, que já vinha crescendo na Europa; e no início dos anos 1930, no Brasil, surge a organização inspirada no fascismo europeu de mote integralista.

A FJCB, apesar de estar circunscrita em determinado e específico recorte temporal ela é herdeira das tentativas anarquistas de organização juvenil ainda no início do século XX. Por outro lado após o seu término em dezembro de 1936 – fora as tentativas de reorganizá-la entre 1937 e 1938 – foi inspiradora de forma objetiva e subjetiva da grande maioria das organizações juvenis brasileiras por todo o século passado.

Originalmente estes documentos – sem o formato de coleção sob o tema juvenil – são encontrados em seus suportes físicos no Centro de Memória (CEDEM) da UNESP e no Arquivo Edgar Leuenroth (AEL) da Unicamp, a quem nós agradecemos e homenageamos pela conservação em seus formatos papel, microfilme e digital.

Outra dimensão dessa atividade dos comunistas entre a juventude é a sua filiação à Internacional da Juventude Comunista (IJC). Essa dinâmica internacional criou uma grande quantidade de documentos que, muitos deles é possível ver diretamente ou como referência em documentos análogos. A atividade em organismos políticos internacionais, já desde o século XIX, é tradicional na formação de gerações de militantes políticos em dezenas de países, até hoje e, inclusive, do Brasil.

Crachá de participação de Leôncio Basbaum no VI Congresso Internacional Comunista

2 comments

  1. 29 de dezembro de 2021 at 02:56
    Antoniocalse

    [17] [2] Porém o partido foi novamente posto na ilegalidade pelo governo Dutra, e por consequência todas as organizações comunistas. [18] [16] [19] Na década de 1950, um dos objetivos dos jovens comunistas brasileiros era o de impedir a participação do Brasil na Guerra da Coreia ao lado dos Estados Unidos, [20] [21] além de forte participação na campanha do “O Petróleo é Nosso”.

  2. 30 de dezembro de 2021 at 11:06
    Antoniocalse

    [10] Federação da Juventude Comunista do Brasil 1927 [editar editar código-fonte] O Partido Comunista Brasileiro viveu parte significativa de sua trajetória sob clandestinidade, uma vez que diversos governos do Brasil declaravam sua ilegalidade sob pretextos variados.

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